quarta-feira, 6 de agosto de 2014

### - DEU NO BLOG DE CESAR SANTOS. - ###

Só o povo é capaz de fazer o devido julgamento

(prevaleceu a justiça)
A Justiça Federal condenou o ex-secretário de Infraestrutura do governo Wilma de Faria (PSB), deputado estadual e candidato à reeleição Gustavo Carvalho (Pros), por crime de improbidade administrativa na obra da “Ponte de Todos”.
Ele foi sentenciado a pagamento de multa, correspondente ao sobrepreço, no valor de R$ 114.682,00, e suspensão dos direitos políticos por três anos. Carvalho foi condenado juntamente com outras seis pessoas e cinco empresas.
A sentença foi assinada pelo juiz Janilson Bezerra de Siqueira, da 4.ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, que julgou parcialmente procedente a acusação apresentada pelo Ministério Público Federal. A denúncia apontou para sobrepreço/superfaturamento e irregularidades no processo licitatório.
Ou seja, o erário foi lesado.
Esse é apenas um dos processos que envolvem a obra da Ponte de Todos. Outras denúncias de desvio de recursos públicos, através da prática de superfaturamento, são apuradas em processos que devem ser julgados no futuro próximo. Para o leitor ter ideia, o projeto original da Ponte de Todos previa investimento de pouco mais de R$ 120 milhões. A obra, quando concluída, absorveu cerca R$ 300 milhões. Quase três pontes.
Pois bem…
Esse é um dos escândalos de corrupção que marcaram os oito anos do governo Wilma de Faria (de 2003 a 2010). A Ponte de Todos está na lista das operações “Foliaduto”, “Foliatur”, “Ouro Negro”, “Sinal Fechado”, “Pecado Capital”, “Hígia”, entre outras.
Todos, sem exceção, envolveram pessoas bem próximas da ex-governadora, como filhos, irmãos, parentes e amigos de convívio diário, como é o caso de Gustavo Carvalho.
Chama a atenção, até pelo nível de aproximação, a condenação do filho de Wilma, suplente de deputado Lauro Maia (PSB), por envolvimento no esquema que desviou R$ 36 milhões da saúde pública, no que ficou conhecido como “Operação Hígia”. Nesse caso, Lauro foi condenado a 16 anos de prisão, em regime fechado, por chefiar a quadrilha, segundo sentença do juiz federal Mário Jambo.
Esses rumorosos casos, todos de conhecimento público, marcaram uma das piores fases da administração pública do Rio Grande do Norte.
Porém, um fato chama a atenção: a ex-governadora Wilma, mesmo sendo a comandante do governo, logo tendo a responsabilidade sobre todos os atos, nunca foi atingida, sempre preservada nos processos. Sequer foi incomodada pela Assembleia Legislativa, que fez vista “grossa” para os escândalos.
Ela saiu ilesa.
De sorte, tem o povo, que pode fazer o julgamento, com o título em mão

Nenhum comentário: