domingo, 23 de novembro de 2014

### - O criador do íntimo. - ###

domingo

Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre da minha mãe. (Sl 139.13.)
Se o bebê recém-nascido é o resultado de uma relação sexual entre um homem e uma mulher, acontecida normalmente nove meses antes, por que o salmista insiste em atribuir esse acontecimento a Deus? Em outra ocasião, ele já havia declarado tal coisa: “As tuas mãos me fizeram e me formaram” (Sl 119.73). Agora, volta a bater na mesma tecla: “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre da minha mãe” (Sl 139.13).
Por que Jó pensa do mesmo jeito quando afirma: “Foram as tuas mãos que me formaram e me fizeram” (Jó 10.8)?
Ambos, tanto o salmista como o homem da terra de Uz, carregam dentro de si, impressa em suas mentes, a história da criação: “Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2.7).
A intervenção de Deus no nascimento de uma criança remonta ao princípio mais remoto da história, quando Ele colocou nas mãos do homem e da mulher as chaves da perpetuação da espécie humana, depois de haver maravilhosamente criado o aparelho reprodutor e de ter colocado em ambos o desejo de se relacionarem sexualmente.
Assim, o salmista está absolutamente correto em relacionar a concepção, a gestação e o nascimento de uma criança ao Criador. A idéia do embrião, também chamado de “substância ainda informe”, é de Deus — não só a idéia, mas também o desenvolvimento desse modesto começo.

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