PSB reage e ministro afirma que Dilma conhece repasses
Publicação: 05 de Janeiro de 2012 às 00,00
Brasília (AE) - A reação do governo federal ao direcionamento para Pernambuco de 90% das verbas do Ministério da Integração Nacional destinadas ao combate e prevenção de desastres naturais gerou uma crise política com o PSB. O presidente do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não aceitou a decisão tomada pelo Palácio do Planalto de intervir nas ações da pasta, comandada pelo ministro Fernando Bezerra Coelho, seu afilhado político e cobrou apoio a seu aliado.
Para a cúpula do PSB, o movimento do governo fragilizou Bezerra justamente num momento em que a presidenta Dilma Rousseff prepara uma reforma ministerial e o coloca na berlinda depois do Palácio do Planalto ter demitido seis ministros por problemas de gestão ou de denúncias em suas pastas.
As queixas e cobranças do comando do partido fizeram com que o Planalto lançasse mão de pelo menos um gesto público para tentar resolver o mal-estar. A Casa Civil divulgou uma nota oficial afirmando que não havia uma intervenção nas ações da Integração Nacional. Na terça-feira, a ministra Gleisi Hoffmann interrompeu as férias para, a pedido da presidenta, monitorar o repasse de verbas.
"O ministro Fernando Bezerra é e continua sendo responsável pela execução dos programas e projetos daquela pasta. Qualquer informação fora deste contexto tem por objetivo disseminar intriga", disse a nota divulgada ontem de manhã, cerca de 12 horas depois de a própria Gleisi - e não a presidenta - ter pedido a Bezerra que também interrompesse as férias e voltasse à capital para explicar a distribuição dos recursos da Integração, que contemplaram prioritariamente o Estado natal do ministro e de Eduardo Campos, como revelou o Grupo Estado.
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