domingo, 2 de dezembro de 2012

E ASSIM OS CORRUPTOS GARANTEM SEU LUGAR NA POLITICA...

Um ano depois da Operação Sinal Fechado
 Hoje completa um ano que os ex-governadores Wilma de Faria (PSB) e Iberê Ferreira de Souza (PSB) e o suplente de deputado estadual Lauro Maia (PSB), filho de Wilma, eram denunciados formalmente pela Promotoria  de Defesa do Patrimônio Público por formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva, tráfico de influência e fraude em licitação.
Os ex-mandatários do Governo do Estado, segundo a denúncia, integrariam o grupo que teria atuado no Departamento Estadual do Trânsito (DETRAN-RN), em 2008, planejando ampliar o lucro com a inspeção de veículos por meio do Consórcio Inspar.
Trata-se da Operação “Sinal Fechado”, que levou para a cadeia um punhado de envolvidos, inclusive, o ex-deputado João Faustino (PSDB).
A ação dos supostos malfeitores, segundo consta na peça acusatória assinada pelo Ministério Público, acarretaria um prejuízo de 1 bilhão de reais aos cofres públicos ao longo de 20 anos, que seria rateado pelos participantes do esquema criminoso.
Para alcançar o grupo, o MP levou nove meses coletando provas, interceptando conversas telefônicas e levantando a ficha de cada membro da engenharia fraudulenta. O MP não teve dúvida, diante de provas contundentes, que Wilma de Faria e Iberê Ferreira foram coniventes com o esquema.
Eles enviaram à Assembleia Legislativa um projeto que teria sido elaborado sob encomenda do grupo, para facilitar a licitação ao Consórcio Inspar. O projeto foi aprovado pelos deputados estaduais, à época comandados pelo então presidente da Casa e hoje vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD). Na investigação do MP, a Assembleia Legislativa passou ao largo, pois não foi o alvo da Operação Sinal Fechado.
Pois bem.
Um ano depois do indiciamento de Wilma, Iberê, Lauro e Cia., não há informação de que o processo caminhou no Judiciário, o que sugere que o sinal continua fechado para a ação seguir o seu curso normal. Uma suposta blindagem que vai permitindo os envolvidos, principalmente políticos, a continuarem na vida pública.
Wilma, por (mau) exemplo, acabou de se eleger vice-prefeita de Natal e já se movimenta para disputar as eleições de 2014, provavelmente à Câmara dos Deputados.
O detentor de mandato, como se sabe, ganha imunidade e passa a responder os processos em foro privilegiado. Comenta-se que no início de 2013, Lauro assumirá uma vaga na Assembleia Legislativa, para receber o benefício da imunidade parlamentar.
E, assim, a Operação Sinal Fechado vai se juntando no fundo do baú à “Ouro Negro”, “Foliaduto”, “Foliatur”, “Higia”…

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