sábado, 5 de novembro de 2016
Caos na saúde: vão esperar a morte? Parece sem fim o sofrimento das pessoas humildes que dependem do atendimento no sistema de saúde pública do município de Mossoró. O caos no setor só piora, lançando o cidadão necessitado à própria sorte. Os relatos e denúncias pipocaram nesta sexta-feira, 4. Apontam para o absurdo e a completa falta de compromisso e responsabilidade da gestão municipal com os usuários da saúde pública. É o caso da família de um jovem vítima de acidente de trânsito, em estado grave, que demorou horas para ser transferido para Natal devido a ineficiência do SAMU. Segundo a família, depois de conseguir a transferência para Natal no Hospital Tarcísio Maia, se deparou com as ambulâncias quebradas e encostadas. Foi preciso a família contratar e pagar do próprio bolso quatro mecânicos para consertar o veículo. O jovem passou horas de sofrimento. Segundo relato feito ao defato.com por uma testemunha, a autorização para a família contratar os mecânicos partiu do próprio prefeito Silveira Júnior (PSD). Ou seja, o gestor transferiu a sua obrigação para a vítima. Lavou as mãos, no popular. Isso é gravíssimo. Não menos grave é a situação dos transplantados. Pessoas que precisam viajar para outros centros para receber o devido tratamento. A empresa Master Veículos, contratada para transportá-los a Fortaleza (CE) ou a Natal, onde eles se submetem a tratamento, suspendeu a oferta do serviço porque os repasses estão atrasados mais uma vez. As viagens foram suspensas no dia 26 de outubro e, até aqui, sem solução. O desespero tomou conta de transplantados e familiares, principalmente aqueles que se submetem a tratamento neurológico já que Mossoró não dispõe da assistência. Essas pessoas não podem ter o tratamento interrompido, sob pena de agravamento do quadro clínico. São caos delicados que precisam de atenção especial. Sem o transporte, impossibilitados de fazer o deslocamento para outros centros, esses pacientes têm a vida sob um fio e nas mãos de Deus. Não é só isso. Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), sem exceção, estão funcionando com enormes dificuldades devido à falta de medicamentos, materiais básicos e de profissionais. A simples gaze está em falta. Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) o quadro não é muito diferente, inclusive, as diretoras receberam orientação da Secretaria de Saúde para reduzir gastos, logo, limitando o atendimento. Serão cortados R$ 16 mil por UPA e reduzidos 30 plantões da escala dos técnicos em dezembro. Portanto, o que já era ruim ficou pior e a tendência é se agravar ainda mais. Infelizmente.
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