quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

### - Mordomos capacitados por Deus. - ###

Colheita

*** - Como mordomos do Senhor é necessário aprendermos o que Jesus Cristo nos ensina a respeito da mordomia. O mestre afirma que a mordomia é um cuidado temporário do que pertence a outra pessoa e que o verdadeiro dono exigirá uma prestação de contas depois. “E dizia também aos seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens. E ele, chamando-o, disse lhe: Que é isso que ouço de ti? Presta contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo” (Lc 16.1,2). Perante esse ensinamento compreendemos que exercer a mordomia é uma responsabilidade que deve ser levada a sério.
Não adiantará fugirmos ou delegar a outros uma responsabilidade entregue a nós, pois cada um prestará contas do que realizou com os bens de Deus. Podemos compreender essa prestação de contas ao lermos Hebreus 4.3, na qual se evidencia que nada passará desapercebido aos olhos de Deus: “E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hb 4.13). Alguns ficam com medo da prestação de contas, como se não fossem capazes de lidar com o que Deus lhes confiou, mas há um princípio inquestionável na mordomia instituída por Deus: Ele, em Sua sabedoria e justiça, nunca pedirá a ninguém para fazer alguma coisa que não consiga fazer.
Ele nunca trata conosco da mesma maneira com que Ele trata com outros, como que lidando por atacado. Ele conhece as nossas limitações e também a nossa capacidade. Ele sabe que não somos iguais uns aos outros e que uma soma de fatores coloca a cada um de nós em posições bem diferentes diante Dele. “Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens, e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe” (Mt 25.14,15).
O conselho divino dado a Faraó, por uma palavra de sabedoria pela boca de José, foi que era necessário alguém capaz para assumir a mordomia da colheita dos sete anos de prosperidade que estavam por vir: “Portanto, Faraó se proveja agora de um varão inteligente e sábio e o ponha sobre a terra do Egito” (Gn 41.33). De modo semelhante, Deus, que inspirou esta palavra dada por José, escolhe pessoas de capacidade para darem conta do que Ele lhes confiará.
Primeiramente, Deus nos dá a capacidade, e depois Ele nos confia algo. Mesmo assim, Ele jamais nos deixa entregues à nossa própria capacidade, mas Ele mesmo se incumbe de nos capacitar ainda mais para podermos fazer a Sua obra. Paulo falou disto, escrevendo aos irmãos da Igreja de Corinto: “E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros de um Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica” (2Co 3.4-6).
Estas palavras não retratam alguém com uma consciência de capacidade própria, mas justamente o contrário. Precisamos entender que, no que diz respeito a nossos bens e recursos materiais, Deus também nos dará a capacitação para correspondermos ao Seu propósito. Mas isto não cairá do Céu, como uma fruta madura cai de uma árvore. É preciso buscarmos isto de Deus. Este é o conselho que recebemos de Tiago: “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça- -a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser- -lhe-á dada” (Tg 1.5). Assim como devemos buscar a sabedoria do alto mediante a oração e a fé, assim também devemos buscar o entendimento bíblico mediante o estudo e a meditação. Desta forma, alcançaremos uma boa mordomia. - ***

Nenhum comentário: