sexta-feira, 29 de maio de 2015

Postado às 09h22 •Opinião •Nenhum comentário •Enviar por e-mail
Por 452 votos a favor, 19 contra e 1 abstenção chega ao fim a  possibilidade de reeleição para os cargos do poder executivo.
O instituto da reeleição sempre foi instrumento incentivador a prática do abuso do poder político nas eleições.
A alternância no poder, a necessidade de novas ideias e oportunidades, a limitação temporal e, sobretudo, de equidade nas condições de elegibilidade engrandecem a república em seu mais glorioso esplendor e são combustíveis do estado democrático. Já a reeleição é instituto tenebroso e imoral, convite sedutor a prática do abuso do poder. O fim do político profissional é necessário para o engrandecimento da democracia.
Agora é salutar se pensar até em limitar reeleições para cargos do poder legislativo, evitando assim a perpetuação de grupos políticos “eternamente” nas entranhas do poder. A reeleição no Brasil, ao que parece, cria uma espécie de necessidade da corrupção porque reeleger-se, como se sabe, custa muito caro.
A nosso ver, o mecanismo é, de forma muito clara, um instrumento dos mais incentivadores à prática do abuso de poder político (ou mesmo econômico). É na verdade uma arma que o legislador entregou aos maus políticos que infelizmente, infestam a política nacional.
Um dos pilares de sustentação do sistema republicano é a alternância do poder, portanto, na linha lógica desse sistema a reeleição não tem espaço.
Na mesma linha, é crucial que o povo participe maciçamente das eleições futuras, utilizando seu instrumento de comando (voto) como meio de transformação social.  Aliás, em um regime democrático como o nosso, em que todos almejam mudanças, é impossível que tais transformações sejam alcançadas sem que todos nós nos engajemos nessa luta, seja votando ou disponibilizando o nome para a consulta popular.
Ponto importante que também não podemos esquecer é que se queremos ver uma verdadeira reforma e transformação na política de nosso país, enquanto seres sociais devemos iniciar este processo dentro de nossos lares, formando nossos filhos em verdadeiros cidadãos conscientes, deixando que a escola faça o complemento.

Fazendo assim, quem sabe no futuro, possamos nos livrar da mácula da corrupção que assola o nosso país.

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