sábado, 30 de maio de 2015

Só o voto muda
A semana termina com a timidez da reforma política, exposta na rejeição de novas regras na Câmara dos Deputados. A Casa iniciou a análise e votação das propostas, rejeitando pontos importantes e preservando regras tão antigas quanto perversas para o ambiente político-eleitoral.
Pouca coisa vai mudar, se levar em consideração a resistência da ala atrasada que se perpetua no Congresso Nacional.
Veja só: os deputados rejeitaram propostas que efetivamente iriam mudar o sistema político brasileiro, como o fim das coligações proporcionais, o impedimento de doação de campanha por empresas privadas, aprovação do voto distrital, misto ou o chamado “distritão”.
Os parlamentares preferem que o sistema fique como está porque eles são os beneficiados.
O próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), admitiu o faz-de-conta da reforma política, criticando os seus colegas de Casa:

“Se algumas decisões do Congresso não são as decisões que a sociedade esperava obter, se as decisões podem frustrar alguém, até a mim, pessoalmente, é porque o Congresso decidiu ficar como está”, disse, em entrevista à Agência Brasil.

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