sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Bandido acha que vítima é policial e quase a executa


Vou-lhe relatar uma situação vivida por família abastada, mossoroense, há poucos dias, para lhe colocar diante de uma realidade que alguns tentam camuflar, mas é impossível de ser atenuada diante dos fatos.
Assaltantes ocupam uma casa em bairro de classe média alta-rica em Mossoró e encontram uma arma de fogo, que pertence a um dos moradores. De antemão, um dos bandidos julga que se trata de arma de quem trabalha como policial.
Passa a rosnar impropérios, apontando-o como policial.
Calmamente, a vítima pede que eles olhem sua identificação profissional na qual consta outra profissão completamente diferente. Seu temor, é de que confundido como policial, possa ser sumariamente executado pelos marginais, além da própria esposa e sogra, acuados como ele.
O surpreendente é que os assaltantes somente se referem aos policiais como “bandidos”.
E são sistemáticos no trato com o assaltado, numa completa inversão de valores e papeis:
- Você é bandido, você é bandido!
Depois que os assaltantes deixam a casa, com bens subtraídos da família aterrorizada, as vítimas tentam contactar a polícia por longos minutos. Todas as tentativas são infrutíferas.
O telefone não atende.
Um prestador de serviços – entregador de pizza – que trazia pedido feito pela família, lembra que é comum uma viatura policial ficar postada em determinado local da área e se prontifica a alertar os policiais sobre o roubo. E assim acontece.
Dois policiais comparecem à casa. Um fica na viatura e outro entra no local. Poucos segundos depois de passear a visão pela sala, recomenda que os roubados façam queixa à Delegacia de Plantão. O procedimento é adotado pelas vítimas.
Agora é esperar o próximo caso e torcer para que sejam “apenas” roubados.

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