### - Defendendo-se da ansiedade. - ###
O maior inimigo [do acadêmico em tempos de
guerra] é a ansiedade – aquela tendência de pensar na guerra e senti-la
quando, na verdade, o que pretendíamos fazer mesmo era pensar em nosso
trabalho.
A melhor defesa é reconhecer que, assim como tudo o mais, a guerra na verdade não criou nenhum inimigo novo,
apenas agravou o antigo. Sempre existem inúmeros adversários em relação
ao trabalho. Vivemos nos apaixonando ou brigando, procurando um emprego
ou com medo de perdê-lo, ficando doentes e nos recuperando,
acompanhando escândalos públicos. Se nos deixarmos levar, estaremos
sempre esperando o término de alguma distração ou outra para, então, nos
concentrarmos em nosso trabalho.
As únicas pessoas que alcançam êxito são as que querem tanto o
conhecimento que insistem em buscá-lo mesmo em condições pouco
favoráveis. As condições nunca serão favoráveis. É claro
que há momentos em que a pressão da ansiedade é tão grande que só o
autocontrole de um super-homem seria capaz de resisti-la. Esses momentos
acabam chegando tanto na guerra quanto na paz. Precisamos fazer o
melhor que pudermos.
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