quinta-feira, 21 de maio de 2015

Mossoró apresenta cenário político instável

Com o fim das coligações, caso seja aprovado, entrarão os vereadores mais votados e não mais de acordo com coeficientes de coligações, ou seja, uma eleição decidida majoritariamente.
Sandra Rosado que era uma das principais  lideranças locais hoje tem papel coadjuvante. Foto: Célio duarte
Sandra Rosado que era uma das principais
lideranças locais hoje tem papel coadjuvante. Foto: Célio duarte
Sandra Rosado (PSB) candidata a vereadora; Genivan Vale (Pros) desistindo de concorrer à reeleição no próximo ano, Rosalba Ciarlini (Sem partido) inelegível por força de decisão judicial. Não se trata de nenhuma premonição, este é apenas um quadro que se desenha na atual conjuntura.
As muitas incertezas da política é que são responsáveis por este cenário que deve mexer não apenas com esses três personagens do cenário político mossoroense, mas com todos os nomes que estão no páreo.
Foi a própria Sandra Rosado que em uma entrevista de rádio disse que pode ser candidata a vereadora na próxima campanha. Os especuladores estão dizendo que esta é a alternativa mais viável para a família, já que o vereador Layre Rosado Neto (PSB) não anda bem de votos.
O fim das coligações proporcionais que já foi aprovado no Senado e entra em discussão na Câmara Federal, é outro fator que obriga a ex-deputada a tomar essa decisão. Certamente, a ex-deputada federal Sandra Rosado tem mais voto do que o vereador Layrinho Rosado e isso importa muito.
Com o fim das coligações, caso seja aprovado, entrarão os vereadores mais votados e não mais de acordo com coeficientes de coligações, ou seja, uma eleição decidida majoritariamente. Neste sentido, é bem provável que muitos que hoje estão vereadores não consigam mais renovar seus mandatos. A coligação só será permitida para chapas majoritárias.
Talvez, esse seja o motivo que tem levado o vereador Genivan Vale (Pros) a dizer que pode desistir de se candidatar no ano que vem. Na semana passada ele voltou a falar a respeito do assunto no programa Observador Político (TV Mossoró/93-FM). Disse na terça e a população ouviu de novo na quinta durante reprise do programa.
Segundo o vereador, a política tem prejudicado seus negócios e os irmãos vêm pedindo a ele que pense melhor a respeito de sua permanência na vida pública, sobretudo, no que se refere à disputa político-partidária.
Genivan é um dos sócios do Centro de Análises Clínicas e Imunológicas (CACIM), principal laboratório privado de Mossoró. Ainda na entrevista, ele disse que a decisão de parar a vida política se fortaleceu ainda mais no dia das mães depois de mais uma conversa na família. A um ouvinte que fez essa pergunta a ele, o vereador disse que “tem sido muito difícil”.
Unificando uma questão com outra, talvez Genivan desista mesmo, certo de que, passando essas mudanças da tão esperada reforma política, ficará mais complexo, angustiante e caro vencer uma campanha em Mossoró.
Mas, Genivan Vale não será o único a ter dificuldades. Grande parte dos atuais eleitos não estaria na cadeira caso a regra já valesse. Narcíso Pereira (PTN), Celso Lanche (PV), Soldado Jadson (SD), Alex do Frango (PV), Tássyo Mardony (PSDB) e o próprio Jório Nogueira (PSD) que obtiveram menos de dois mil votos precisarão repensar suas estratégias.
Na mesma situação estará o vereador Tomáz Neto (PTB). Com 2.074 votos conquistados em 2012, o principal agitador do Legislativo pode virar suplente. Isso porque, na última campanha eleitoral na cidade, muitos nomes ficaram fora do páreo em função das coligações partidárias.

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