segunda-feira, 27 de outubro de 2014

### - A vida cristã integrada. - ###

segunda-feira

*** - Que amemos uns aos outros. E este é o amor: que andemos em obediência aos seus mandamentos. [2 João 5-6]. - ***
 
A Segunda Carta de João é endereçada à “senhora eleita e [aos] seus filhos”, que provavelmente seria a personificação de uma igreja local. Sua principal característica é a integração de diferentes elementos, que nós, na maioria das vezes, somos tolos o suficiente para permitir que sejam separados.
Primeiro, a verdade e o amor devem andar juntos. Cada um é mencionado cinco vezes nos primeiros versículos. João escreve da “verdade que permanece em nós” (v. 2) e do amor que nos uniu. As palavras de João nos fazem lembrar de uma expressão semelhante usada pelo apóstolo Paulo. Enquanto João diz que devemos andar em amor, Paulo afirma que devemos seguir a verdade em amor (Ef 4.15). Assim, ambos concordam que o amor e a verdade devem andar juntos. O Espírito Santo é a fonte de ambos.
Segundo, o amor e a obediência devem andar juntos. João lembra aos seus leitores que eles devem amar uns aos outros, pois este é um mandamento do Senhor. Se a obediência provém do amor, o amor provém da obediência. Foi assim no Antigo Testamento, quando Deus descreveu seu povo como aqueles “que me amam e obedecem aos meus mandamentos” (Êx 20.6). É impressionante a maneira como Jesus aplica essa verdade a ele mesmo: “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama” (Jo 14.21). Assim, temos aqui a segunda integração: obedecer é amar, e amar é obedecer ad infinitum.
Terceiro, o Pai e o Filho são um. Os falsos mestres não confessavam que Jesus Cristo veio em corpo (v. 7). Eles ensinavam que o Filho de Deus tinha apenas aparência humana ou havia partilhado da natureza divina apenas por um breve período. Em ambos os casos eles estavam negando a encarnação. Não se trata apenas de um desvio doutrinário, eles estavam negando a Cristo. João também afirmou que esses falsos mestres iam além do ensino de Cristo (v. 9). Talvez eles quisessem mostrar que tinham permissão para dar continuidade ao ensino de Cristo ou eram pensadores progressistas. Com um toque de sarcasmo João comenta que eles foram tão longe que deixaram o Pai para trás. João suplica aos seus leitores que perseverem no ensino original dos apóstolos. Ninguém pode negar o Filho e manter o Pai. Que Deus nos conduza a uma vida cristã verdadeiramente integrada, na qual a verdade, o amor e a obediência floresçam juntos!

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