segunda-feira, 10 de novembro de 2014

### - O sacerdócio de Jesus. - ###

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Ora, daqueles sacerdotes tem havido muitos, porque a morte os impede de continuar em seu ofício; mas, visto que vive para sempre, Jesus tem um sacerdócio permanente. [Hebreus 7.23-24]

Um tema que se destaca em Hebreus é o enorme contraste que o autor estabelece entre o sacerdócio levita do Antigo Testamento, com todas as suas inadequações, e a perfeita suficiência do sacerdócio de Cristo. O autor de Hebreus vê na estranha figura de Melquisedeque, no Antigo Testamento, um prenúncio do sacerdócio de Jesus: 1) Melquisedeque era rei e sacerdote, assim como Jesus; 2) ele demonstrou ser superior a Abraão (ancestral de Levi) ao abençoá-lo e receber dele o dízimo; 3) ele aparece no relato de Gênesis sem nenhuma ascendência nem posteridade, simbolizando a eternidade de Jesus.
Então, quais eram as inadequações do sacerdócio levítico do Antigo Testamento?
Primeiro, o sacerdócio levítico era efêmero. Os sacerdotes do Antigo Testamento não podiam permanecer no ofício para sempre, já que eram mortais, mas Jesus “vive para sempre” (v. 24). Novamente, “[ele] vive sempre para interceder por eles” (v. 25). Nada jamais poderá interromper ou acabar com o seu sacerdócio.
Segundo, o sacerdócio levítico tinha um caráter pecaminoso. O sistema do Antigo Testamente apresentava um defeito evidente. Antes de oferecer sacrifícios pelo povo, os sacerdotes precisavam oferecer sacrifícios por eles mesmos. Jesus, no entanto, não tinha nenhum pecado que exigisse reparação. O versículo 26 contém uma declaração maravilhosa acerca da incorruptibilidade de Jesus: “Santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus”.
Terceiro, os sacrifícios precisavam ser oferecidos dia após dia. Todos os sacrifícios tinham um caráter temporário e precisavam ser oferecidos continuamente. Jesus, no entanto, ofereceu-se a si mesmo como sacrifício, de uma vez por todas.
É por esta razão que o sacerdócio de Cristo é totalmente suficiente. Sua vida terrena foi sem pecado, sua morte substitutiva foi completa e sua intercessão celestial é eterna. “É de um sumo sacerdote como este que precisávamos” (v. 26).

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