### - Eles ensinarão doutrinas destruidoras e falsas e rejeitarão o Mestre que os salvou. (2Pe 2.1b). - ###
A questão dos falsos profetas é muito séria. Pedro não está
inventando nem exagerando. Não está sendo crítico demais nem conservador
demais. Ele está no seu direito. Ele lida com essa situação há muito
tempo e o tempo que lhe resta está terminando.
O problema vem desde o Antigo Testamento. Uma das lamentações de
Jeremias era sobre as visões falsas e enganosas dos profetas de sua
época (mais de quinhentos anos antes de Cristo). Antes dele, o profeta
Ezequiel esbravejava não só contra os falsos profetas, mas também contra
as falsas profetizas. A elas, o profeta anuncia: “Com as mentiras que
pregam, vocês desanimam as pessoas direitas… também dizem às pessoas más
que não abandonem o mal e assim não deixam que elas se salvem” (Ez
13.22).
Pedro não estava sozinho nessa luta. Jesus fez a advertência de que
“muitos falsos profetas aparecerão e enganarão muita gente” (Mt 24.11).
No encontro que teve com os presbíteros de Éfeso na cidade de Mileto,
Paulo fez a mesma previsão: “Eu sei que, depois que eu for, aparecerão
lobos vorazes no meio de vocês e eles não terão pena do rebanho” (At
20.29). Em suas cartas, além de Paulo, João (2Jo 7.11) e Judas (Jd 3-4)
tiveram que abordar esse assunto.
O apóstolo explica que esses falsos profetas ensinam doutrinas
destruidoras. O que é destruir se não demolir, arruinar, aniquilar (o
que está construído)?
Os tais são destruidores da divindade de Jesus, de sua procedência,
de sua obra vicária, de sua ressurreição, de seu ofício de colocar todos
os poderes do mal sob seus pés, sua volta em poder e muita glória.
Feito isso, o que vai restar em Jesus Cristo? Eles tornam um Jesus rico
em misericórdia e glória num “Jesus” imprestável. O ponto máximo desse
ministério destruidor dos falsos profetas é fazer com que os crentes
rejeitem o Mestre, “que os salvou”.
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