sábado, 6 de setembro de 2014

*** - Uma vocação bucólica. - ***

sábado

Enquanto eu viver, é justo que faça com que vocês se lembrem dessas coisas. (2Pe 1.13)

Numa carta mais informal e um pouco mais longa, Pedro escreveria assim:
“Não quero ser chato, não quero amofinar vocês, não quero cansá-los. Pelo contrário, o que eu desejo é pastorear vocês. Considero-me pescador e pastor de almas e, como tal, tenho uma grande responsabilidade diante de Deus. Foi Jesus que me escolheu e me vocacionou. Deixem-me contar um pouco de como, onde e quando ocorreu essa vocação.
“Nós éramos uma família de pescadores (inicialmente só de peixes). Certo dia, há muito tempo, eu e meu irmão André estávamos pescando no mar da Galileia e vimos, na praia, um aglomerado de pessoas ao redor de um homem ainda jovem (30 anos no máximo). Como não tínhamos apanhado nada durante a noite toda nem naquela manhã, voltamos para a praia exatamente onde se encontrava a multidão. Para minha surpresa, aquele homem entrou no meu barco, pediu-me que o afastasse um pouco da praia, sentou-se naquele travessão que amarra os dois lados do barco e continuou a falar. Era o nosso Senhor, o Nazareno. Quando terminou, ele ordenou que eu e os outros pescadores da empresa de pesca levássemos o barco para onde as águas fossem mais profundas e voltássemos a pescar. Pescamos tanto peixe que as redes estavam se rebentando! Quando voltamos, eu me ajoelhei diante de Jesus, e, sentindo o peso dos meus pecados, pedi que ele se afastasse de mim. Eu estava muito admirado, bem como André, Tiago e João. Em vez de fazer o que eu havia pedido, Jesus me disse: ‘Não tenha medo! De agora em diante você vai pescar gente’ (Lc 5.1-11). Então, deixei as redes e me tornei sucessivamente discípulo, apóstolo e pregador do evangelho. É por causa dessa vocação bucólica que eu lhes escrevo: enquanto eu viver, considero justo pastoreá-los”.
– Há muitas ovelhas sem pastores precisando de cuidado!

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